Enquanto os estúdios AAA afundam em promessas vazias e crunch sem alma, dois jogos com equipes pequenas estão mostrando o que realmente conquista o gamer: arte, narrativa e respeito ao jogador. Cambada, a revolução silenciosa já começou — e não veio de iate, veio de pedalinho!
Enquanto estúdios gigantes nadam em rios de dinheiro e entregam jogos capengas, bugados e com alma de planilha do Excel… dois joguinhos “indiezinhos” meteram o pé na porta em 2025 e estão sendo cotados como Game of the Year. Isso mesmo: Clair Obscur: Expedition 33 e Blue Prince estão fazendo os títulos AAA parecerem apresentações de PowerPoint com Unreal Engine.
A real? Os jogos duplo-A e indies estão fazendo mais com menos — e esfregando isso na cara da indústria sem dizer uma palavra. Então senta aí, Cambada, que o Coroa vai explicar direitinho por que esses dois jogos são o tapa que os estúdios gigantes estavam precisando.
Clair Obscur: Expedition 33 – O RPG que Te Dá uma Aula de Estilo e Emoção
Feito por uma equipe de 30 pessoas (sim, TRINTA! Isso é menos gente que fila de demo da Summer Game Fest), o jogo francês Clair Obscur chegou chutando a porta com um mundo belíssimo, inspirado na Belle Époque e no melhor estilo JRPG com alma francesa.
📌 Combate por turnos com mecânicas de ação
📌 Arte que parece ter saído direto de um livro de arte da Square Enix (antes da crise existencial)
📌 História densa, envolvente e trilha sonora que emociona mais que discurso de formatura
Mesmo com umas falhas visuais aqui e ali (a paleta de cores sofre de anemia e tem uns bugs no cabelo dos personagens), o jogo vendeu meio milhão de cópias no primeiro dia e cravou 91% no OpenCritic.
Ou seja: sem Ubisoft, sem EA, sem 400 devs no crédito final. E ainda assim… ENTREGOU TUDO.
Blue Prince – O Jogo Feito por Um Cara Só (Que Já Venceu o Ano Inteiro)
Você entra numa mansão maluca, cheia de salas que mudam o tempo todo, tentando chegar na misteriosa 46ª sala pra herdar a fortuna da família. Parece simples? É uma viagem.
Criado por praticamente uma única pessoa (Tonda Ros, o gênio solitário), Blue Prince é um misto de puzzle roguelike, narrativa sutil e aquela sensação de “WTF tá acontecendo aqui?” que a gente ama.
E sim, ele conseguiu 92 no Metacritic. Detalhe: sem hype comprado, sem propaganda com logo de estúdio em estádio de futebol, sem prometer o mundo e entregar o mapa incompleto.
Enquanto Isso… os AAA Estão Perdidos no Mapa
Vamos falar sério, Cambada: a cada ano, a promessa dos estúdios AAA é mais ou menos assim:
“Esse será o maior mundo aberto já feito!”
“IA mais realista da história!”
“Você poderá conversar com qualquer NPC!”
Resultado?
Um mundo enorme, vazio, com NPCs mudos e IA que anda em círculos até travar no poste.
Com orçamentos milionários, os gigantes seguem tropeçando nos próprios egos, lançando produtos inacabados com patches de 60 GB no dia 1 — e ainda cobrando edição deluxe por R$ 499. Aplausos lentos.
A Moral da História? Paixão > Planilha
Quando você não tem milhões pra gastar em publicidade, você precisa acertar no que importa: gameplay, história, arte e coração.
E é exatamente isso que Clair Obscur e Blue Prince fizeram. Enquanto as gigantes perdem tempo fazendo reunião de PowerPoint com a Ubisoft pra discutir cor de menu, os estúdios pequenos estão ocupados fazendo… jogo.
E aí, Nintendo, EA, Ubisoft… Estão Anotando?
Cambada, 2025 pode ser o ano em que os “pequenos” fizeram história. Um cara sozinho fez um jogo melhor que muitos lançamentos com trailer em três idiomas.
E sabe o que isso mostra?
👉 Que a indústria AAA precisa parar de achar que dinheiro compra tudo.
👉 Que a gente, como jogador, tem que valorizar quem respeita nosso tempo e nosso bolso.
👉 Que o verdadeiro “jogo de estratégia” é fazer mais com menos — e com alma.
E aí, cambada… Será que estamos vivendo o começo de uma revolução indie, onde a grana não dita mais a regra do jogo? Ou esses dois títulos são só exceções brilhantes no meio de um mar de cópias preguiçosas? Conta pra gente nos comentários: qual game indie já te fez largar triple A no meio da campanha? Bora fortalecer a comunidade, porque aqui, quem manda é a zoeira e a opinião sincera da galera que realmente joga!
COROA NERDY: A voz que você ouve quando o AAA promete tudo… e entrega bug.