Ex-executivo da Intel, Raja Koduri, solta a real sobre como a burocracia corporativa está estrangulando a inovação dentro da empresa. Entre apresentações de powerpoint e decisões que travam mais que jogo mal otimizado, será que a gigante dos chips ainda tem um continue?
E aí, cambada nerd! Hoje o papo é sério, mas nem tanto. Vamos falar sobre como a burocracia pode transformar até uma gigante como a Intel em um verdadeiro NPC do mundo tech. O ex-executivo Raja Koduri, que já foi um dos cabeças da empresa, resolveu abrir o bico e mandar a real: a Intel está sendo nerfada de dentro pra fora por processos engessados e “PowerPoint Snakes”. É isso mesmo! Parece que, ao invés de engenheiros criando coisas insanas, tem mais gestor do que dev decidindo o futuro da empresa. E, meus amigos, isso nunca termina bem.
O Tesouro e as Cobras da Intel
Segundo Koduri, a Intel tem um verdadeiro baú do tesouro cheio de tecnologias inovadoras que poderiam estar revolucionando o mercado. Mas o que acontece? Essas ideias ficam mofando nas prateleiras porque os engravatados preferem mexer em planilhas do que dar liberdade para os engenheiros tocarem o terror da inovação.
“Esses processos se multiplicam e se enrolam nos engenheiros, limitando a capacidade deles de desenvolver produtos com ousadia”, disse Koduri. Ou seja, ao invés de correr atrás da liderança tecnológica, a Intel fica preocupada em cortar custos trimestrais, deixando de lado o jogo a longo prazo. O resultado? Uma empresa que já dominou o mundo dos chips agora luta para não ficar pra trás.
Chaos Mode: ON!
Koduri ainda faz uma analogia digna de um bom game designer: existe o “caos bom” e o “caos ruim”. O caos bom é aquele que obriga a empresa a se reinventar, inovar e sair da zona de conforto. Já o caos ruim é a bagunça interna, a burocracia sem sentido que faz tudo andar a passo de tartaruga.
Ele até sugere algumas mudanças para evitar que a Intel vire um verdadeiro “jogo bugado”: aumentar o número de programadores em relação aos coordenadores, acabar com a cultura de cancelar projetos antes mesmo de testá-los (alô, Falcon Shores!), e reorganizar tudo para focar na liderança de produtos, não só nos relatórios bonitinhos de investidores.
A Intel Vai Respawnar?
A pergunta que fica é: dá tempo de dar respawn na Intel ou o jogo já foi salvo no hard mode? A empresa vem sofrendo com más decisões há anos, e tem gente especulando que a TSMC pode assumir suas fábricas de chips. Se isso acontecer, vai ser tipo perder a espada mestre e continuar a aventura só com um graveto.
Por outro lado, ainda há esperanças. O novo Process 18A parece promissor, os chips Lunar Lake estão chamando atenção e o Panther Lake pode ser o comeback que a empresa precisa. Mas será que isso vai ser o bastante para voltar a ser referência? Com a ascensão da AMD e da NVIDIA, e com players como a Apple e a Qualcomm cada vez mais independentes na produção de chips, a Intel precisa de mais do que pequenos ajustes. Precisa de um choque de cultura.
No final das contas, a lição que podemos tirar desse caso vai além da Intel. Qualquer empresa de tecnologia – ou qualquer indústria, na verdade – que deixe a burocracia sufocar a inovação corre o risco de se tornar irrelevante. E se tem algo que o mundo da tecnologia nos ensinou, é que ficar parado é o mesmo que andar para trás.
Talvez o maior desafio da Intel não sejam os concorrentes, mas sim a própria empresa. E, nesse caso, os verdadeiros chefes finais não estão no mercado – estão sentados em salas de reunião, apertando botões em um PowerPoint.
E aí, cambada, o que acham? A Intel ainda tem XP suficiente para upar ou já virou um NPC irrelevante nesse jogo chamado mercado? Deixem suas opiniões nos comentários! Até a próxima, e cuidado com os PowerPoint Snakes! 🐍