Seu próximo console pode custar uma fortuna – e nem é culpa do dólar! Entenda como as novas tarifas de Trump podem transformar o preço dos games no Brasil em um verdadeiro game over para o seu bolso!
Se você achava que comprar um PlayStation ou Xbox no Brasil já doía no bolso, segura essa: as novas tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, podem transformar seu sonho gamer em um verdadeiro Dark Souls financeiro. Sim, meus amigos, o chefão agora não é um monstro gigante com mil barras de vida, mas sim uma tarifa de importação que pode complicar ainda mais o mercado de videogames.
O que rolou?
Em um movimento que parece mais um patch note bugado da realidade, Trump decidiu impor tarifas de 25% sobre produtos vindos do México e do Canadá e uma taxa extra de 10% para produtos da China. E por que a gente tá surtando? Porque é nesses lugares que grande parte dos consoles e mídias físicas de jogos são produzidos. Ou seja, o preço pode subir e o futuro da mídia física ficar ainda mais ameaçado.
O analista Mat Piscatella, da Circana, já mandou a letra no Bluesky: “Não me surpreenderia se publishers decidissem parar de fabricar jogos físicos que sejam afetados por essas tarifas e simplesmente migrassem de vez para o digital.” Em outras palavras: os colecionadores de mídia física podem estar com os dias contados.
O Brasil Já Sofre – E Pode Piorar
Agora vem a parte que realmente interessa: o que isso significa para o brasileiro médio que já paga um rim e meio por um console?
Atualmente, os preços de consoles no Brasil seguem uma lógica quase mágica chamada “conversão 10 por 1”. Um PlayStation 5, por exemplo, custa US$ 500 nos EUA, mas chega aqui custando R$ 5.000, mesmo que o câmbio oficial não seja nem metade disso. E olha que estamos falando do preço oficial – sem considerar revendedores que cobram um DLC da vida real para te entregar o produto.
Se os custos de fabricação e importação subirem, os preços podem ir para níveis ainda mais absurdos. Especialistas estimam que o Nintendo Switch 2, que deve ser lançado em breve por cerca de US$ 400 nos EUA, poderia chegar ao Brasil por algo entre R$ 3.000 e R$ 4.000. Mas, se as tarifas forem repassadas para os consumidores, pode ser que esse valor estoure ainda mais. Já imaginou um Switch 2 a R$ 5.000? Pois é, eu também não queria imaginar.
O Fim dos Jogos Físicos?
As tarifas podem acelerar um movimento que já está acontecendo há anos: o abandono da mídia física. Cada vez mais empresas estão apostando em lançamentos exclusivamente digitais, como foi o caso de Avowed, que ganhou uma edição de “caixa” que só continha um código para download. Ou seja, comprar um jogo físico pode se tornar um luxo ainda mais restrito – ou simplesmente sumir.
E não é só a conveniência que está em jogo aqui. A preservação dos games se torna um problemão quando tudo está no digital. Se um jogo some das lojas online, como já aconteceu várias vezes, ele praticamente deixa de existir. Já viu os servidores de um jogo fechando e você ficando com um disco inútil na mão? Agora imagine isso acontecendo com cada vez mais títulos.
O Que Isso Significa para Nós?
Resumindo:
- Preços de consoles e jogos podem subir ainda mais no Brasil.
- A conversão mágica de preços pode transformar qualquer lançamento num item de colecionador antes mesmo de sair da caixa.
- A mídia física pode estar cada vez mais ameaçada.
- O futuro do game preservation está cada vez mais incerto.
Por enquanto, só nos resta torcer para que essas tarifas não transformem nossa vida gamer num roguelike impossível. Até lá, seguimos esperando aquele milagre do dólar cair ou o governo resolver olhar para o setor com um pouco mais de carinho (ou pelo menos sem dar nerf no nosso bolso).
E você, já está preparado para vender um rim para comprar um console? Deixe sua opinião nos comentários!
